Caro Profissional de Engenharia e Geotecnia,
Estamos completando duas semanas desde o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho. Um evento trágico, que causou comoção em todo país e que coloca em xeque, mais uma vez, a segurança do projeto, execução e conservação deste tipo de estrutura. Este novo acontecimento, cerca de três anos após outra tragédia de proporção equivalente, o rompimento da barragem de Fundão da Samarco Mineração, cuja abordagem técnica foi tratada aqui em outro artigo em setembro de 2018 (clique aqui), está fomentando novamente a discussão no meio técnico sobre suas causas e maneiras de se evitar que tragédias com esta se repitam.
Apesar do pouco tempo desde o acontecimento, as primeiras análises indicam que, assim como no rompimento da barragem de Fundão, a liquefação dos rejeitos, teve participação preponderante no aumento da sobrecarga sobre a barragem e no seu consequente colapso. Estamos trazendo nesta publicação um artigo publicado no COBRAMSEG 2010, pelos pesquisadores Lorena Romã Penna, Waldyr Lopes de Oliveira Filho, Luiz Gonzaga de Araújo e Francisco Eduardo Almeida, com um estudo realizado sobre o fenômeno da liquefação, tendo como estudo de caso, uma análise realizada na barragem de Germano, da própria Samarco Mineração, durante aquele ano.
É importante ressaltar na publicação, os aspectos geotécnicos do estudo, bem como a importância da correta caracterização do solo para que se tenha condições de analisar com profundidade o fenômeno e a partir destas análises, tomar as providências adequadas para operação em segurança de tais estruturas.
Boa leitura…
Eng. Dário Furtado
Engenheiro Civil
Analista de Sistemas
M.Sc. Engenharia COPPE/UFRJ
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