A alteração do marco regulatório das concessões para aproveitamentos hidroelétricos, depois de 1995, levou ao encurtamento dos prazos para o projeto e a construção de barragens para usinas hidroelétricas, afetando a aplicação da Geologia nesses empreendimentos. Simultaneamente, a maior parte da exploração do potencial hidroelétrico deslocou-se para a região amazônica, enfrentando condições geológicas inéditas ou pouco conhecidas. Por outro lado, novos métodos de investigação e a evolução dos existentes, forneceram ferramentas atualizadas para o estudo e avaliação das condições geológicas. Este artigo oferece uma revisão de procedimentos da Geologia de Engenharia utilizados nos estudos de aproveitamentos hidroelétricos face aos novos paradigmas. São comentadas as implicações do modelo atual de concessão nos trabalhos de investigação geológico-geotécnica e a utilização de novos métodos de prospecção, como a perfilagem ótica, incluindo critérios para a interpretação dos resultados. A seleção de eixos de barramento nos estudos de inventário e outros é discutida, enfatizando a interação entre as condições geológicas e o arranjo geral da obra na escolha do sítio. É também discutida a elaboração de planos de investigação para o estudo de aproveitamentos hidroelétricos, fornecendo critérios para a quantificação de sondagens. São ainda comentadas, para o entendimento dos riscos geológicos, a incerteza e os imprevistos. Um exemplo de avaliação de riscos geológicos é apresentado, discutindo-se os principais condicionantes e os critérios básicos para a elaboração da avaliação.
Luiz Ferreira Vaz
THEMAG Engenharia – São Paulo/SP – Brasil
Professor visitante – IG/UNICAMP – Campinas/SP – Brasil
vaz@themag.com.br
Magali Dubas Gurgueira
THEMAG Engenharia – São Paulo/SP – Brasil
magali@themag.com.br
Talita de Oliveira Muzzi
THEMAG Engenharia – São Paulo/SP – Brasil
talita@themag.com.br
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