ANÁLISE DE DADOS DE PIEZOMETRIA DA BARRAGEM ENG. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES (AÇU/RN)
Lisyanne de Vasconcelos Freire
UFRN, Natal, Brasil, lisyannefreire@gmail.com
Olavo Francisco dos Santos Júnior
UFRN, Natal, Brasil, olavo@ct.ufrn.br
Osvaldo de Freitas Neto
UFRN, Natal, Brasil, osvaldocivil@ct.ufrn.br
O presente trabalho tem o objetivo de analisar os dados de piezômetros instalados na barragem de terra Eng. Armando Ribeiro Gonçalves, também conhecida como Barragem do Açu. A estrutura encontra-se localizada na bacia do Rio Piranhas-Açu, no estado do Rio Grande do Norte e dista cerca de 250km da capital Natal. É o segundo maior reservatório construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), com capacidade de armazenamento de 2,4 bilhões de m³. De grande importância para a região, promove o abastecimento de diversas cidades e o suprimento de água para aproveitamento hidroagrícola de áreas a jusante da barragem. Durante sua fase de construção, a barragem sofreu ruptura do talude de montante, o que motivou a instrumentação da mesma com a instalação de diversos dispositivos de medida, dentre eles, os piezômetros. Atualmente esses equipamentos encontram-se desativados e o monitoramento do fluxo prejudicado, sendo os últimos dados registrados do ano de 1999. Dessa forma, considerou-se importante a realização da modelagem numérica do fluxo em seu regime estacionário, de forma a obter dados de poropressão para comparação com os valores obtidos na instrumentação. Como parâmetros de calibração foram utilizados dados de poropressão, referentes ao período de operação, de três piezômetros pneumáticos (denominados PZP1, PZP2 e PZP3) que foram instalados no maciço da barragem. Para a calibração foram variados valores de permeabilidade, dentro do intervalo admissível para cada material, e de anisotropia até que fossem obtidos valores próximos aos registrados em campo. O software utilizado para a modelagem foi o SLIDE® versão 7.017 da Rocscience, que se utiliza do método dos elementos finitos para solucionar problemas de fluxo. Os valores obtidos na modelagem para os piezômetros PZP2 e PZP3 mostraram uma boa concordância com os dados da instrumentação, enquanto que os obtidos para o piezômetro PZP1, não foi concordante com leituras realizadas no campo, apresentando apenas metade do valor esperado.
Clique aqui para efetuar o download do artigo em formato PDF.