Parametrização geotécnica para modelagem de suscetibilidade a escorregamentos

Parametrização geotécnica para modelagem de suscetibilidade a escorregamentos translacionais em Fradinhos, Vitória-ES
Geotechnical parametrization for shallow landslide modelling in Fradinhos, Vitória, Espírito Santo – Brazil

Julia Frederica Effgen (1)
Pablo de Azevedo Rocha (2)
Patrício José Moreira Pires (3)
Eberval Marchioro (4)

Vitória tem tendência a desenvolver processos de escorregamentos translacionais, dadas as características climáticas e de relevo que possui. O modelo SHALSTAB foi utilizado, considerando a coesão dos solos, para avaliar a suscetibilidade a escorregamentos translacionais na bacia de drenagem de Fradinhos, localizada no Maciço Central de Vitória. A parametrização foi feita através de coleta de amostras de solo em três pontos distintos da bacia e realização de ensaios de cisalhamento direto, permeabilidade de carga variável e granulometria. Os solos amostrados têm características de Argissolos desenvolvidos a partir de colúvio, Latossolos e Cambissolos, com associação a declividade. Cerca de 95% da bacia foi modelada como de baixa instabilidade (log Q/T > -2,2), sendo áreas de caráter retilíneo e divergente, com declividade variável. Existe forte associação das áreas instáveis às drenagens, concavidades e zonas de alta declividade. A modelagem com resultados em chuva crítica, que considera a transmissividade hidráulica em sua formulação, tem as zonas de maior instabilidade (com potencial de iniciação de escorregamentos com menos de 2,5mm de chuva) associadas às convergências de drenagem e altas declividades. Ao redor do ponto de solo câmbico, com menor condutividade hidráulica e espessura do solo, a tendência a iniciação de escorregamentos com menor índice pluviométrico é maior. Ao redor do argissosolo formado a partir de colúvio, a chuva crítica para iniciação de escorregamento é maior, com exceção de zonas de alta convergência de fluxos e declividade. O modelo SHASTAB foi uma ferramenta eficiente para a geração de cenários críticos de suscetibilidade a escorregamentos rasos na bacia de Fradinhos com maior propensão nas encostas côncavas e mais inclinadas.

(1) Programa de Pós-Graduação em Geografia (UFES). Laboratório de Monitoramento e Modelagem de Sistemas Ambientais (LAMOSA), Brasil. juliaeffgen@gmail.com
(2) Laboratório de Geografia Física – Departamento de Geografia (UFES), Brasil. pab_zulu@yahoo.com
(3) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (UFES), Brasil. patricio.pires@gmail.com
(4) Programa de Pós-Graduação em Geografia (UFES). Laboratório de Monitoramento e Modelagem de Sistemas Ambientais (LAMOSA), Brasil. ebervalm@gmail.com



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