Medição da altura de queda do martelo do SPT: mais do que um dado, é uma necessidade

Clique na imagem e conheça o SPTLog©…

A sondagem de simples reconhecimento de solos com SPT (Standard Penetration Test) se constitui na investigação do subsolo mais empregada no mundo. O parâmetro obtido do ensaio, o índice de resistência à penetração (N), ainda é, no Brasil, praticamente o dado mais usado em quase todos os projetos de fundações. Isso se deve ao fato do ensaio ser simples e acessível em todas as regiões do país, sendo normatizado pela NBR 6484 (2020). Em que pese o fato da existência de norma, sobre a sondagem à percussão com SPT perduram há décadas muitas críticas advindas da comunidade geotécnica, especialmente pelo descumprimento dos princípios normativos observados durante a realização do ensaio. O descontrole da altura de queda do martelo é um dos pontos cruciais no ensaio. Neste contexto, este trabalho apresenta dados de uma campanha de ensaios, na qual foi monitorado um total de 186 golpes do martelo padrão do SPT, empregando, para isso, a filmagem de uma câmera de aparelho celular. Foram realizados registros em vídeo de sondagens executadas por 5 equipes de sondagens de uma mesma empresa. A análise dos dados revelou que a média da altura de queda do martelo operado pelas equipes de sondagem monitoradas ficou acima do valor padrão recomendado pela norma (75 cm), variando de 77 cm a 82 cm, com desvio padrão em torno 8 cm, indicando uma expressiva variação de altura na operação do martelo. Além disso, as alturas de queda médias entre as equipes variaram significativamente, revelando o efeito humano no processo.

Engº. Wesley Santana Santos
Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Brasil, wesleysantana877@gmail.com

Prof. Erinaldo Hilário Cavalcante
Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Brasil, erinaldo@ufs.br

Prof. Fernando Artur Brasil Danziger
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil. danziger@coc.ufrj.br

DSc. Christian Matos de Santana
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT-SE, christianmatoss@gmail.com


 


Clique aqui para efetuar o download do artigo em formato PDF.


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *